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O Sistema Cantareira, que é responsável pelo abastecimento de aproximadamente 7,6 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo, além de Campinas e Piracicaba, entrou em nível de alerta na última sexta-feira (13) e segue em queda. Na quarta-feira (18), o sistema operava com 39% da capacidade de armazenamento, segundo dados da Sabesp. Para se ter uma ideia, esse volume é 11% menor do que havia na mesma data em 2013, antes da crise hídrica que deixou várias cidades da região metropolitana de São Paulo com abastecimento seriamente comprometido.
Isso é efeito da chuva irregular e das temperaturas elevadas que o Sudeste enfrenta desde a primavera do ano passado. Algumas cidades, como Bragança Paulista e Joanópolis, que fazem parte do sistema de de reservatórios, tiveram um registro muito baixo de chuva em 2021, até o momento. Dos oito meses do ano, Joanópolis só registrou chuva acima da média em dois deles, junho com 26% acima e julho com 3%, o que não representa nada muito significativo, já que a média para estes dois meses é bem baixa, por serem os meses mais secos do ano. Na região de Bragança Paulista a situação foi ainda pior: em nenhum dos meses deste ano houve registro de chuva acima da média. Todos ficaram abaixo.
Previsão
E a previsão não é muito animadora para a região do Sistema Cantareira. Ainda temos um bom período de tempo seco até o final do inverno, aproximadamente um mês. É na primavera que ocorrem as primeiras pancadas da estação chuvosa, mas vale lembrar que essa é uma estação de transição e por isso a chuva é bastante irregular. Para que se tenha uma recuperação satisfatória dos reservatórios, é necessário que a chuva ocorra de forma frequente e bem distribuída na região de captação dessa água, ou seja, na região de Joanópolis, Bragança Paulista e em cidades do Sul de Minas, e esse cenário só deve ser observado nos meses de verão.
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